por pcalcada | out 25, 2017 | Voluntários
Alguém me perguntou como o Projeto Calçada sobrevive há 17 anos, se tudo o que fazemos é compartilhado com nossos parceiros sem nenhum lucro? Realmente a generosidade da Lifewords é surpreendente, especialmente nos tempos tão difíceis em que vivemos. (mais…)
por pcalcada | out 3, 2017 | Notícias
“Temos observado um crescimento nas crianças que frequentam o programa, seja na forma como se relacionam, nos comentários durante as mensagens, nas mudanças de relacionamento em casa e na escola. Percebemos que estão assimilando os conteúdos transmitidos e colocando em prática. Nas diversas atividades oferecidas elas são estimuladas à fé em Jesus Cristo e a seguirem seus ensinamentos.”
É com este belo testemunho da facilitadora Margareth, do projeto Ecos da Esperança, que desejamos anunciar que estamos chegando às últimas etapas de testagem do Programa Escolha a Vida. Com resultados comprovados no Quênia e em outros países da África, a Lifewords já atendeu inúmeras crianças e adolescentes. No Brasil, o lançamento oficial está marcado para fevereiro de 2018.
Nossa expectativa é alcançar resultados de transformação de vidas em crianças e adolescentes de 09 a 14 anos, como já alcançamos no projeto piloto, graças a parcerias com a Missão Aliança e a Junta de Missões Nacionais.
“O programa leva as crianças a refletir sobre ações que preservam a vida, sobre o amor, o respeito, a importância de escolher os outros e a fazer o que é certo. Com a aplicação do programa, as crianças estão desenvolvendo o hábito de criticar as situações do cotidiano, de pensar se determinada decisão vai fazer bem a elas ou ao próximo. Observamos uma evolução no que diz respeito ao hábito de cada uma de refletir sobre a sua vida, o que não era tão comum nos participantes do projeto antes e de uma forma geral a de procurar viver esses valores não só no projeto mas também no dia a dia, em casa, na escola e na igreja. Isso nos leva a concluir que estamos no caminho certo.” – completa Margareth.
Com um currículo que pode ser desenvolvido num período de 1 ano, as crianças e adolescentes tem contato com 5 grandes áreas de aplicação: Escolha os Outros, Escolha o Certo, Escolha o Amor, Escolha a Liberdade, Escolha a Paz.
Welyton, de 12 anos, que participa de projeto parceiro da Missão Aliança, ao realizar as lições do módulo Escolha os Outros, declarou: “Foi muito bom para mim. Este novo programa, Escolha a vida, é bom para todos nós.”
Já Maria Eduarda, de 11 anos, que participa do Projeto Viver de Missões Nacionais, disse que o módulo que mais gostou foi o Escolha o Certo:
“Eu aprendi que a gente tem que fazer escolhas na vida e é melhor fazer as escolhas certas, porque toda escolha tem uma consequência. Se você escolher fazer o certo, você vai ter uma consequência boa.”
A aplicação, reflexão e as atividades lúdicas e interativas propostas no material didático impactam também a vida dos facilitadores que ensinam e veem resultados na vida das crianças, como aconteceu com Cristiane, Projeto Missão Criança Jardim Paraíso:
“Eu esperava ensinar, mas vejo que aprendemos muito mais com o que as crianças trazem. Normalmente esperamos para passar algo para eles, mas na verdade estou recebendo muito mais do que eu esperava. As escolhas que faço no dia a dia refletem no que estamos aprendendo aqui. A troca em sala de aula tornou-se muito importante para mim. Com este programa pude perceber que situações que acontecem às crianças também acontecem comigo. Eu acabei percebendo que também preciso aplicar o Escolha a Vida na minha vida.”

Louvamos a Deus pela oportunidade de trazer para o Brasil o Programa Escolha a Vida. Através das parcerias, podemos perceber no período de testagem que o programa é aplicável e adaptável à rotina dos projetos, igrejas e escolas.
“O Programa tem tudo a ver com o nosso Projeto Viver, aplicado aqui na PIB de Niterói. Ambos são baseados nas escolhas, na importância de realizar escolhas saudáveis… Cada estudo do Escolha a Vida tem sido muito importante para as crianças. A gente consegue observar o desenvolvimento de cada um.” – esclareceu Mariana, facilitadora de Missões Nacionais.
Quer conhecer um pouco mais do Programa Escolha a Vida? Acompanhe nossas notícias e nosso facebook.com/ProjetoCalcadaLifewords. Em breve, nosso lançamento oficial.



por pcalcada | jun 20, 2017 | Artigos
“Assim também o Pai de vocês, que está no céu, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.”
Mateus 18.14
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por pcalcada | maio 15, 2017 | Artigos
Em um estudo que realizamos em agosto de 2014, observamos que as 134 crianças e adolescentes das sete regiões de cinco países pesquisados (Brasil, Colômbia, Índia, Quênia e Uganda), contaram que seu maior trauma aconteceu dentro de casa. (mais…)
por pcalcada | maio 11, 2017 | Histórias de Transformação
“A minha vida era sem rumo antes da experiência com a Bolsa Verde! Eu não sabia o que era viver em paz. Eu passava por dificuldades e problemas, nos quais eu colocava a minha vida em risco ou morte.”
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por pcalcada | maio 3, 2017 | Artigos
Quando uma criança nasce, sua identidade começa a se formar a partir de suas experiências com seu cuidador, e as pessoas à sua volta, através de seus olhares, o tom de sua voz, a força do toque, a expressão do rosto, o movimento do colo, a chegada do alimento…
As impressões e sensações se repetem e ao passo que o bebê cresce, elas vão se confirmando. A criança começa a interpretar suas emoções e a partir delas começa a tirar conclusão a respeito de si mesma.
Uma criança que não tem a felicidade de perceber no outro o acolhimento e sorrisos de aprovação, deduz que o que está sendo dito a ela, através de palavras, gestos, atitudes e olhares, é que ela não vale grande coisa. A criança apreende que não é amada e sua sobrevivência não está garantida, ou seja, está ameaçada. O resultado é o retrato de uma criança insegura, frágil e vulnerável.
Essa é a realidade de milhares de crianças que nascem num lar que não está preparado ou sadio para recebê-las. Algumas se defendem se tornando aparentemente fortes e agressivas, prontas para enfrentarem qualquer perigo. Outras se retraem e vivem amedrontadas. Qualquer uma das reações de defesa das crianças leva a um maior descontentamento dos que as rodeiam, que as desprezam ainda mais ou as agridem.
Cada vez que perguntamos a uma criança que vive numa situação desfavorável, qual foi a pior situação que já enfrentou, a resposta é sempre uma das seguintes:
- abuso físico, pessoal ou de um membro da família;
- morte de um ente querido;
- abandono ou rejeição;
- ameaça verbal, xingamento;
- abuso sexual;
- separação da família;
- provocação, bulling;
- fuga para as ruas;
- uso de drogas;
- exemplo negativo dos pais;
- doença pessoal ou de um familiar.
Essas situações traumáticas se apresentam para a criança como uma apunhalada, uma agressão que gera confusão, dor e sofrimento.
Nem todas as crianças que enfrentam tragédias como essas, tem dificuldade para superá-las, mas a criança que já vive um ambiente de desamor usa o trauma para confirmar e sedimentar o que já sabia – não tem valor; não deveria ter nascido; sempre faz a coisa errada; ninguém jamais a amará; não tem futuro; está sozinha; etc.
As crianças que vivem em vulnerabilidade social são alvo fácil desse mecanismo. Elas ficam imobilizadas diante dessa crença e agem de acordo com essa identidade.
Estratégia do inimigo
Desde o início dos tempos satanás usou a estratégia da mentira para acabar com o homem. Ele é muito experiente em aprisionar o ser humano e continua usando seus velhos truques. Jesus nos disse que quando o diabo “…mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.” (João 8:44).
Não devemos nos surpreender então, que quando uma criança é acometida por injustiças, o pai da mentira sussurre em seu ouvido que ela não presta, ou a leve a questionar a bondade de Deus. Assim como Adão e Eva o fizeram, as crianças que já são vulneráveis acreditam facilmente nas mentiras de satanás, comprometendo assim a sua liberdade e infância.
Qual a nossa tarefa diante desse quadro perverso?
Contar a verdade para essas crianças. Ajudá-las a se libertarem dessa prisão esmagadora que as impede de crescer de forma saudável. Jesus quer usar seu exército para desfazer a bagunça do inimigo. Jesus quer usar nossas bocas, gestos e atitudes para levar as crianças a conhecerem a verdade, pois “… conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32).
A verdade de Cristo é o antídoto do veneno da mentira. A criança que aprende e aceita que na verdade ela é amada e especial para Jesus; que Ele quer cuidar dela e lhe fazer companhia para sempre; que Ele nunca a abandonará e sempre a protegerá, independente do que possa ter acontecido, ela é resgatada da perdição e acolhida pelos braços de Jesus que lhe abre os olhos para enxergar sua verdadeira autoimagem, imagem e semelhança do próprio Cristo.
A criança que se vê como um ser amado e que encontra em Jesus o amparo que talvez nunca antes sentisse, muda! Seu sentimento modifica; sua atitude transforma; seu comportamento altera, porque agora se relaciona com seu mundo a partir de uma nova identidade:
- a identidade de filha(o) – 1 João 3:1a;
- de herdeira(o) – Gálatas 4:7;
- de estrela que brilha no universo – Filipenses 2:15- 16a;
- com uma coroa na cabeça – Provérbios 4:7-9.
Este é o plano de Deus para cada uma de nossas crianças, adolescentes e jovens. Ele quer ver suas promessas se cumprirem nas suas vidas. É através de você e de mim que Ele planeja chegar até elas. Mesmo com o coração quebrado elas se abrirão e ouvirão a voz de Cristo através de nós. Vamos nos dispor a ir até elas, uma a uma, lhes contando a verdade que liberta!
Se você não tem como falar diretamente com a criança, apoie quem pode! Incentive para que a Palavra que produz Vida chegue até cada criança vulnerável. Doe Agora!
Clenir Santos, Diretora Internacional do Projeto Calçada
por pcalcada | mar 31, 2017 | Notícias
Durante oito horas dinâmicas e interativas, 17 participantes, da segunda capacitação do Programa Escolha a Vida, conheceram a metodologia de ajuda às crianças de 9 a 14 anos em tomadas de decisões morais da vida. A partir de dramatizações, música, poesia, jogos, entre outros, as crianças e adolescentes, (mais…)
por pcalcada | mar 21, 2017 | Notícias
“SURPREENDENTE.” – foi a expressão descrita por Bárbara Serra, do Projeto Novos Sonhos, que participou da primeira capacitação do Programa Escolha Vida, (mais…)
por pcalcada | fev 22, 2017 | Não categorizado
Por Clenir Xavier
“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.” Sl 40:1
Um dia desses, como geralmente faço, estava conversando com as pessoas ao final do culto de domingo, aquele momento gostoso e descontraído, enquanto as crianças corriam pelos corredores, passando pelas pessoas e tornando o ambiente ainda mais familiar e alegre.
Notei uma garotinha de oito anos, um pouco mais quietinha do que o seu normal. Fiquei intrigada e me aproximei dela. Sentei ao seu lado e perguntei se estava bem, pois notara que não estava brincando com as outras crianças. A Tânia* me disse que se aproximava o dia dos pais e que não queria ensaiar no coral infantil nem cantar naquele dia, pois não conhecia seu pai. Sempre comemorava com seu avô, mas estava cansada de ser diferente dos outros. “Por que eu não posso ter um pai e ser feliz?”, perguntou a Tânia.
Quem poderia imaginar que a Tânia estivesse passando por uma crise tão profunda. Quantas crianças e adolescentes carregam em silêncio dores intensas. Na maioria das vezes quando estão em grupo, sorriem, correm, fazem graça, falam alto, mas só quando encontram alguém que realmente está disposto a ouvir, conseguem revelar o que se passa no seu íntimo.
Tive a oportunidade de conversar com a Tânia sobre o fato de que não conhecia seu pai, mas que Deus é um pai que nunca a abandonará, que sempre cuidará e que poderá fazê-la sempre feliz. E uma das formas do carinho de Deus foi dar a ela um avô tão carinhoso que a ama dobrado, como neta e como filha. A Tânia saiu dali convencida que é diferente sim, mas muito especial também.
Palavras tão simples que fizeram a diferença na vida da Tânia. Quantas vezes estamos tão satisfeitos com nossos amigos ou preocupados com nossos próprios interesses, que nos esquecemos das crianças que estão à nossa volta. Não precisamos ter curso de aconselhamento para ouvirmos o que a criança fala, e tampouco para compartilharmos o que Deus já tem feito na nossa vida. Muitas vezes não precisamos nem sair de casa para dar atenção a uma criança, e ao que ela sente e precisa falar. Mateus 18:10a nos alerta: “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos!”
Precisamos ficar antenados, prestando atenção nas crianças e adolescentes, e nos colocando à disposição para ajudá-los a caminhar e enfrentar seus conflitos. Quem sabe assim, praticando aquilo que Deus faz conosco, conseguimos diminuir a taxa de depressão e suicídio entre crianças e pré-adolescentes com idade entre 10 e 14 anos que cresceu 40% de 2002 a 2012. Na faixa etária de 15 a 19 anos, o aumento foi de 33,5% (Mapa da Violência do Ministério da Saúde). Simplesmente abrindo os nossos olhos para eles, nos inclinando e os ouvindo.
*Nome modificado para proteger a identidade da criança.
Clenir Xavier é Diretora Internacional do Projeto Calçada – Lifewords, Psicóloga, Assistente Social e Conselheira do CONANDA.
por pcalcada | fev 22, 2017 | Não categorizado
Por Cleisse Andrade
“Tomando as crianças nos braços, impunha as mãos sobre elas e as abençoava.” Marcos 10:16
Ter as crianças por perto e abençoá-las, foi o exemplo que Jesus nos deixou, relatados mais de uma vez nos evangelhos. Pensar que a criança é um ser humano completo, criado por Deus para ser amado e cuidado, nos responsabiliza. A criança tem necessidades físicas, que são as que mais urgentemente buscamos suprir. Mas ela tem também necessidades emocionais; precisa se sentir amada, aceita, respeitada, incluída, etc. Apresentá-la quando nasce não é suficiente. A criança deve ser visitada quando está doente, deve ser consolada quando enfrenta o luto, deve ser compreendida diante de um fracasso escolar, deve ser encorajada diante de uma vitória, e não são tarefas somente da família, ela também pertence à igreja.
Ouvir a criança a ensina que o que ela pensa é importante e tem valor. Quando o ouvinte demonstra interesse genuíno, ela abre o coração e compartilha seus sentimentos e opiniões. Até mesmo situações ocultas vem à tona diante de um ouvido atento e interessado. Ouvi-la também para conhecer suas necessidades e atendê-las, sejam quais forem. Porque não ouvi-la também para envolvê-la na escolha das atividades do ministério infantil? Ela Pode escolher os brinquedos, opinar sobre cores na pintura das salas, expressar seus sentimentos quanto à equipe, etc.
O dicionário Aurélio diz que pastorear significa: guiar, dirigir, orientar. Em geral os adultos são cuidados por seus pastores, mas, e as crianças? Já viu uma criança ser convidada para ir ao gabinete pastoral? Muitos cristãos adultos compartilham seus traumas por terem sido abusados na infância. Se tivessem sido ouvidos, aconselhados, defendidos quando criança, muita dor teria sido evitada e cresceriam saudavelmente. Cuide da criança na sua individualidade para que ela cresça como Jesus, “com saúde e sabedoria, abençoado por Deus e pelos homens.” Lc 2:52