“Me sinto aliviada e abençoada e que Deus”

“Me sinto aliviada e abençoada e que Deus”

Durante a pandemia, a depressão tomou conta de muitas crianças e adolescentes, causando em alguns deles, o desejo de tirar suas próprias vidas.

Foi com muita tristeza que a adolescente Karina, do Chile, chegou para falar com um educador do Projeto Calçada.  Fazia um ano que a irmã mais nova de Karina havia morrido tragicamente.

Com muita gentileza, compreensão e palavras de conforto, o educador conversou com Karina, contando as histórias de Jesus. Falou do amor e do quanto Ele se preocupa com a tristeza dela.

Ao ouvir a história do conforto que Jesus deu à mulher que era viúva e perdeu o seu único filho (Lucas 7.11-17), Karina disse que estava se sentindo aliviada, abençoada e que Deus estava lhe dando força naquele momento. Em oração, a adolescente agradeceu a Deus por cuidar de sua família e ajudá-los em todos os momentos.

Antes de encerrar a conversa, ela disse ao educador que estava se sentindo como a lua. Brilhante! E que assim como a lua,  ela pode brilhar por muito tempo, não importa o que aconteça.

Ajude a levar o brilho de Jesus para mais crianças e adolescentes por meio do Projeto Calçada. Doe agora! 

“Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!”

“Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!”

Você já pensou no que significa estar perdido em uma grande floresta, sentindo-se triste, sozinho e abandonado? Foi precisamente como um pato perdido em uma grande floresta que Anne se comparou.

 

Ela que tem apenas 13 anos, mas que abriu seu coração durante o aconselhamento com a Bolsa Verde do Projeto Calçada. Dizendo que não se sentia amada por sua mãe e que ninguém na família se importava com ela. E o que doeu ainda mais em Anne, foi que no seu aniversário não recebeu nem mesmo um telefonema de seu pai.

 

Com todo o tempo disponível para ouvir com atenção, nossa educadora disse a Anne que Jesus a amava muito e estava pronto para ouvir o que ela quisesse dizer a Ele, como aconteceu com aquelas crianças e adolescentes na história que se encontra no evangelho de Marcos 10: 13-16. Anne deu um grande sorriso com alegria ao ver que Jesus valoriza todas as crianças. .

 

Deus preparou muitas surpresas para Anne naquela tarde. Pois ao ouvir a parábola da ovelha perdida, entendeu que ela foi aquela ovelha cuidada por Jesus. Foi surpreendente ver como Anne chorou durante e no final da oração. Com um lindo sorriso ela disse: Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!

 

Aquele pato que se perdeu na floresta, virou ovelha nos braços de Jesus! No final dessa conversa agradável, Anne saiu com um novo brilho nos olhos, com uma nova esperança, com uma nova alegria, com uma nova determinação, por ter descoberto que não está sozinha.

 

Assim como Anne, temos em Cabo Verde muitos adolescentes sofrendo nas ruas, ou mesmo dentro de seus lares, precisando saber que Jesus é a solução. Aprender que eles são importantes, especiais e que têm valor!

 

Louvamos a Deus porque o Projeto de Calçada está ativo em Cabo Verde, para curar muitos corações!

 

Ajude a curar mais corações você também. 

“Eu quero compartilhar esse amor e essa luz com todos”

“Eu quero compartilhar esse amor e essa luz com todos”

Os avós desempenham um papel importante na vida dos netos, mas quando falecem, com os netos ainda pequenos e sem que tenham desfrutado mais da companhia dos avós, o impacto na vida da criança é forte.

 

Era tristeza que o Adolfo disse ter sentido ao lembrar-se da morte do seu avô. “Eu sou como um raio que atinge o solo com força”, disse ele, pensando em como poderia se descrever naquele momento.

 

Adolfo é um adolescente muito ativo na igreja e ama a Jesus, mas aquela tristeza machucou o seu coração. No aconselhamento com a Bolsa Verde, ele ouviu o quanto Jesus o ama, o quanto quer cuidar dele e tirar a tristeza de seu coração.

 

O adolescente  disse que estava muito grato por tudo isso que Jesus estava fazendo por ele. Ele escolheu o cartão que tem um menino caminhando em direção à luz, e ele disse:

 

“Esta é a luz de Deus que nos guia e nos ajuda a viver bem, porque nos ilumina e nos mostra o seu amor. E eu quero compartilhar esse amor e essa luz com todos! Eu sou como um pregador que trará a luz de Jesus para os outros ”

e foi assim que ele explicou como estava se vendo depois de ouvir mais sobre Jesus.

 

Faça parte do Projeto Calçada para que mais crianças e adolescentes sejam cheios de alegria, assim como o Adolfo lá no Equador.

O perigo da ampliação do acesso às armas, um desafio para o Dia do Desarmamento infantil

O perigo da ampliação do acesso às armas, um desafio para o Dia do Desarmamento infantil

O Dia do Desarmamento Infantil, foi uma iniciativa criada em 2004 e tem como principal objetivo debater as consequências que os incentivos ao uso de armas de fogo por crianças podem provocar na vida destes quando adultos.

 

Comemorado no Brasil em 15 de abril, busca difundir uma cultura de paz a partir de ações voltadas ao desarmamento do lúdico infantil. Em um país marcado por altos índices de violência armada esse dia representa uma importante oportunidade para o diálogo e reflexão.

 

Mapa da Violência

Segundo dados do Mapa da Violência sobre homicídios por arma de fogo, entre 1980 e 2014, morreram 967.851 pessoas por esta causa no Brasil, representando 85,8% do total de homicídios (WAISELFIZ, 2016). O crescimento da mortalidade por arma de fogo oscilou ao longo desse período: entre 1980 e 2003, cresceu de forma acelerada numa média de 8,1% ao ano. A partir de 2003, houve uma redução nas taxas, o que pode ser explicado, segundo o Mapa, pelo Estatuto e Campanha do Desarmamento iniciados em 2004. A partir de 2008, o índice novamente oscila e torna a crescer a partir de 2012.

 

O crescimento da letalidade violenta por esta causa, entre 1980 e 2014, foi de 592,8% para a população em geral e, quando considerada a faixa etária de 15 a 29 anos, 699,5%. A taxa para o Brasil é de 20,7 por 100 mil habitantes, ocupando a 10ª posição entre os 100 países analisados pelo Mapa.

 

Armas de fogo no Brasil

Dessa forma, o Brasil convive com uma realidade de altas taxas de mortes violentas em especial as perpetradas por armas de fogo. Entre as vítimas da violência no país os jovens com faixa etária entre 15 a 29 anos são as principais vítimas correspondendo a 53,3% do total de homicídios do país. Entre os anos de 1991 e 2019, 179 mil e 164 mil crianças e adolescentes foram alvejados por munição de armas de fogo (Atlas da Violência, 2020). Entre esses jovens, os negros somaram 75,7% das vítimas de homicídios de forma que para cada indivíduo não-negro morto em 2018, 2,7 negros foram mortos (Atlas da violência, 2020, IPEA).

 

É conhecido que a velocidade de crescimento percentual anual das taxas de homicídio e das taxas de homicídio por arma de fogo diminuiu substancialmente após o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e diminuiu mais ainda após a sanção do Estatuto do Desarmamento (ED) segundo o Atlas da Violência. Infelizmente, vivemos um tempo onde tanto o ECA quanto o Estatuto do Desarmamento têm sofrido fortes ataques.

 

Até julho de 2020, 11 decretos presidenciais, uma lei e 15 portarias do Exército buscaram ampliar o acesso à munições e armas de fogo pela população civil minado os pequenos avanços em direção da construção de uma cultura de paz e contra a violência no Brasil (Atlas da Violência, 2020). Entre 2019 e 2020 houve um crescimento de 120,3% de registros de arma de fogo no país o que aponta para uma perigosa e forte tendência de armamento da população brasileira. O discurso por trás dessa campanha armamentícia baseia-se na necessidade de autodefesa.

 

Entretanto, estudos têm demonstrado que o criminoso profissional não deixa de cometer crimes em razão de a população se armar para a autodefesa (Menos armas, menos crimes, Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, João Manoel Pinho de Mello, IPEA, 2012) e que a difusão das armas de fogo é um elemento potencializador de crimes letais contra a pessoa. (Atlas da Violência, 2020). A ampliação da circulação de armas no país aumenta os homicídios, a migração de armas para o mercado ilegal e a chance de vitimização fatal em caso de ataque.

 

Ter uma arma em casa amplia consideravelmente o risco de algum morador sofrer suicídio e morte por acidente. Nos casos de acidentes por arma de fogo as crianças estão entre as mais vulnerabilizadas. Com isso, o Dia do Desarmamento Infantil comemorada em todo país no dia 15 de abril, precisa ser também uma oportunidade da igreja evangélica brasileira refletir sobre seu papel na construção de uma cultura de paz que promova proteção à infância brasileira.

 

Em Mateus 18:1-14 Jesus advertiu duramente seus discípulos sobre a importância do cuidado com as crianças frente aos riscos que os cercam. No versículo 7 Ele disse: Ai do mundo por causa dos seus escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo; se opondo claramente aos que usam de violência contra a criança.

 

Dessa forma, não é aceitável que os discípulos de Jesus sejam condescendentes com os discursos e práticas que ampliam os riscos da violência armada. Precisamos como igreja de Jesus, que é o príncipe da paz, difundir a bandeira do desarmamento infantil e rechaçar duramente as investidas que enfraquecem o sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes no nosso país.

 

Adriane Batista Pires Maia

Cirurgiã dentista, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Mestre em Saúde Pública e Doutorando e Ciências da Saúde no Departamento de Violência e Saúde da ENSP Fiocruz. Fundadora da ONG Casa Semente e membro do conselho da Lifewords.

Cuidados aos cuidadores

Cuidados aos cuidadores

No dia 26 de março (sexta-feira) aconteceu o primeiro encontro de Cuidado aos Cuidadores do ano de 2021. O Projeto Calçada reuniu educadores de diferentes lugares do Brasil em um encontro para conversar sobre sentimentos, emoções e esperança para a vida dos cuidadores.

O que é o Cuidado aos Cuidadores?

É uma oficina oferecida pelo Projeto Calçada para seus educadores capacitados no aconselhamento de crianças e adolescentes.

 

Um encontro voltado para cuidar do coração dos cuidadores, sendo um tempo de acolhimento, com um espaço para olhar para si mesmo diante deste momento de pandemia e de cuidado com os outros. E como uma forma de valorizar, aprender e dividir algo bom com cada um deles aconteceu o encontro de cuidado aos cuidadores no dia 26 via ZOOM. 

O encontro

Iniciou às 15h30 no horário de Brasília e foi até às 18h. O objetivo do encontro foi para gastar um tempo de acolhimento aos educadores em um momento em que estão (ou podem estar) experimentando mais estresse e sobrecarga emocional; Reconhecer o trabalho e características que cada um tem como “cuidador”; Abrir um espaço para que os educadores olhem para si mesmos e sintam mais alívio do peso de suas responsabilidades; Ajudar para que percebam que não estão sozinhos, e que dividem os mesmos tipos de ansiedade e preocupações;  Aliviar a pressão religiosa imposta sobre eles em relação aos seus sentimentos e demonstração de fé; Potencializar os efeitos emocionais e espirituais da entrega a Deus de suas preocupações e pesadas cargas e fortalecer os vínculos entre os educadores e estimular o apoio mútuo.

 

A equipe do Projeto Calçada composta pela Coordenadora no Brasil, Luciana Falcão, a coordenadora na América Latina, Cleisse Andrade, a presidente do conselho e multiplicadora voluntaria Catia Vilaça e Juliana Gonçalves, responsavel pela comunicação e marketing, prepararam momentos de conversa, descontração e muito aprendizado para os presentes.

 

Na mensagem,  o Pr. Marcos Davi Ferreira de Andrade, que há 11 anos pastoreia a Igreja Batista Jardim das Indústrias, em São José dos Campos, em São Paulo, falou sobre a importância do Projeto Calçada na vida das crianças aconselhadas, bem como na vida dos educadores capacitados e finalizou com um poema de valorização aos educadores.

 

 

Hei você!!

Que cuida, que chora, e estende a mão ao que sofre, sim, você mesmo, que muitas

vezes se esforça para esquecer as próprias dores, medos e angústias, para confortar o

outro… então, eu tenho um recado de Deus para você.

Pode parecer que ninguém te vê, e que ninguém reconhece o seu valor, mas eu te vejo.

Vejo quando fica abalado com a história de maus tratos que uma criança sofreu. Vejo

como seu coração aperta com o testemunho de um abuso que destruiu a alma de uma

adolescente.

Eu te vejo.

Vejo quando você chega em casa, e tenta transmitir alegria para sua família, depois de

um dia de muitas notícias tristes.

Vejo seu sorriso incontido quando percebe que as portas da prisão interior de alguém

foram abertas pelo poder da minha graça.

Queria que você soubesse, que quando ouve um destes pequeninos, está me

emprestando os seus ouvidos para que eu as ouça também.

Quando você chora com elas, na verdade está me emprestando suas lágrimas, para que

elas vejam o quanto eu as amo e me importo.

Não desista.

Estou fazendo germinar uma a uma, as sementes que você tem lançado estrada a fora.

Não desista, Eu te amo, e tenho um grande prazer em usar a sua vida.

Continue, pode parecer que você não está sendo produtivo, ou bem-sucedido, mas

ninguém vê o que eu vejo – Enquanto você transforma o outro, estou transformando

você. Enquanto consola, estou consolando você. Enquanto ama, estou amando você.

Um dia você verá que valeu a pena.

Um dia te mostrarei que tudo o que fez por amor, fez o mundo muito melhor!!

Marcos Davi Ferreira de Andrade

 

Mais encontros estão por vir, fique ligado para não ficar de fora. 

Mais uma capacitação acontece na Colômbia

Mais uma capacitação acontece na Colômbia

Durante os quatro sábados do último mês de agosto a multiplicadora em formação, Pra. Lucy Espitia, esteve capacitando 8 pessoas para usarem a Bolsa Verde com crianças e adolescentes na cidade de Bogotá, Colômbia.  A Pra. Lucy é uma dos três multiplicadores que estão sendo formados para fortalecer nossa equipe no país. “Para mim, a capacitação foi uma experiência muito especial e linda”, contou. Segundo Lucy, os participantes estavam ansiosos para aprender, houve muita unidade no grupo e dedicação no aprendizado dessa nova ferramenta.  

Muitas são as carências das crianças e adolescentes colombianos. Eles sofrem com a fome, maus tratos, abusos, com falta de moradia digna, saneamento básico e água tratada, além disso, muitos vivem em abrigos. Mais recentemente, outra dificuldade foi adicionada a essa triste lista: com o anúncio dos dissidentes das FARC, o risco de recrutamento e uso de crianças no conflito por grupos armados tem aumentado. Segundo o jornal La Opinión, entre 1985 e 2018, 7.398 crianças e adolescentes foram vítimas de recrutamento. Mas agora, em 2019, somente até o mês de julho foram registrados 8.847 crianças e adolescentes que foram retirados de suas casas e 1.421 casos de ameaças. Diante desse quadro grave de vulnerabilidade, a infância colombiana precisa de intensa proteção e cuidado. 

O Projeto Calçada está presente na Colômbia desde 2005. Nesses 14 anos já foram capacitados 387 educadores, em parceria com 132 organizações, igrejas e projetos. Hoje, a coordenadora responsável é Marisol Vargas. Temos duas multiplicadoras capacitadas, Marisol e Judith Pérez, e três fazendo o curso: Lucy Espitia, Diana Perilla e Roberto Díaz.

“Esse recurso nos permite abordar o coração das crianças pra que elas possam entender o amor de Deus através da palavra e com a convicção de esperança e restauração”, compartilhou uma das educadoras capacitadas no último mês. “Somos agradecidos a Deus por nos enviar voluntários comprometidos e dedicados, como a Pra. Lucy. Desejamos que todas as crianças na Colômbia saibam que são importantes e amadas por Deus”, diz Cleisse Andrade, coordenadora do Projeto Calçada na América Latina.