Quero compartilhar uma experiência que tive envolvendo a Bolsa Verde. Eu trabalho no departamento de orientação cristã em uma escola. Nessa função acabo recebendo para aconselhamento muitos alunos com problemas comportamentais ou que demonstrem tristeza, depressão, agressão.
Um certo dia, no final das aulas, enquanto esperávamos os pais e responsáveis buscarem seus filhos, Hector, de 6 anos, estava comigo. Seus pais demoraram muito a chegar e passamos muito tempo ali juntos esperando. Quando percebi a demora, sugeri que usássemos aquele tempo para orar pelos seus pais, pois eu sabia que eles estavam se divorciando. Assim fizemos.
No dia seguinte, pedi permissão ao professor para falar com Hector e aconselhá-lo. A ferida dentro daquele menino era muito grande. Ele disse que era como se uma faca perfurasse seu coração.
Alguns dias depois da nossa conversa com a Bolsa Verde, soube que ele compartilhou com sua família o versículo da Bíblia que estava no cartão de bolso que ele escolheu. Os pais dele, meus amigos de infância, vieram me perguntar o que eu havia conversado com seu filho. Assim tive a oportunidade de apresentar Cristo novamente.
Os dois oraram e algo muito especial aconteceu: eles decidiram trabalhar juntos pelo relacionamento. Não somente a ferida no coração de Hector foi fechada, mas toda a ruptura que acontecia naquela família foi interrompida e cicatrizada. O pastor da igreja os ajudou e hoje eles fazem parte da nossa igreja. Uma simples conversa atenciosa com uma criança pode ser instrumento de Deus para a restauração de um casamento e uma família inteira.
A Bolsa Verde é uma ferramenta valiosa para curar os corações feridos de crianças e adolescentes, independentemente de raça, status social, religião. Com ela aprendi como conversar com esses pequenos. Eu gostaria de usá-la ainda mais, mas chegará a hora. Agradeço a Deus o privilégio que me deu, colocando em minhas mãos uma ferramenta com a Palavra Dele, que cura os corações partidos de crianças, adolescentes e famílias inteiras.
Escrita por Beatriz Bastos.
*O nome da criança é um pseudônimo para proteção de sua identidade.
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