Hoje em dia está bem difícil arrumar tempo e disposição para afetividade, carinho, abraço…, quando gastamos toda nossa energia em relacionamentos virtuais. Muitas vezes estamos no telefone ou computador até procurando algum presente especial para quem amamos, mas essa pessoa pode estar ao nosso lado e não estar se sentindo
amada, ao contrário, se sente só e rejeitada.
Precisamos ser lembrados, e assumir o compromisso de enxergarmos quem está à nossa volta. Algumas crianças expressam que gostariam de virar o animal de estimação da família, pra ganhar abraços e atenção, outras gostariam de ser o computador ou a TV, algumas o carro…
O abraço faz muito bem à saúde psíquica e física. Ele expressa afeto, amizade, transmite atenção, afirma que a pessoa não está só, tem o poder de acalmar, de proteger, confortar, dar segurança.
O abraço é um gesto tão simples, mas com o potencial de fazer um grande impacto em quem abraça e quem o recebe. Deus é um Deus de relacionamentos – Jesus gostava de abraços. Encontramos na Bíblia muitos exemplos e passagens que apresentam o abraço como uma forma restauradora. Por exemplo:
- O abraço que demonstra perdão (o pai e o filho pródigo – Lucas 15:20);
- Aquele que manifesta valorização e afirmação (Jesus e as crianças injustiçadas – Marcos 10:16);
- Abraço de reconciliação (irmãos Esaú e Jacó – Gên 33:4);
- O abraço de amizade (Davi e Jonatas – 1 Samuel 20:41);
- O abraço curador (Êutico e Paulo – Atos 20.9).
Qualquer pessoa, desde a mais tenra idade, pode aprender e abraçar. Para alguns, especialmente os que nunca foram abraçados, é um pouco estranho e forçado no começo, mas vale a pena exercitar algo que provoca tanto bem-estar, especialmente às crianças que estão em desenvolvimento psíquico e entendem um abraço afetuoso melhor do que qualquer palavra – ou presente. Se parece falso, formal ou frio, conforme praticar, a naturalidade vai chegar.
Para abraçar alguém a gente fica de frente pra a pessoa, a gente olha pra ela, a gente pensa nela, a gente sente algo por ela. Pode durar poucos segundos, mas comunica para quem recebe o abraço, que sua atenção está ali com ele ou ela naquele momento – aquilo que é mais precioso e desejado.
E você?!? Já deu um abraço hoje?
Este artigo foi inspirado na campanha da Associação dos Amigos do Hospital das Clínicas – Curitiba/PR
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