por Marcia Pinheiro | nov 4, 2021 | Notícias
O dia 04 de novembro de 1996 foi um dia histórico para a Lifewords Internacional. Depois de quase um século no trabalho ativo com parceiros no Brasil, através do envio de publicações para o crescimento espiritual, finalmente a Lifewords teria uma representação nacional.
Constituída, primeiramente, como Missão SGM no Brasil (Scripture Gift Mission), a Lifewords passou a ser gerenciada diretamente no país, facilitando o acesso a publicações de qualidade e fiel conteúdo bíblico, e dando início a programas de transformação, não somente para o Brasil, mas para vários países da América Latina.
E lá se vão 25 anos de uma inspiradora história, espalhando as boas novas do evangelho, para a promoção da justiça do Reino.
Embora o dia da constituição tenha sido 04 de novembro de 1996, o escritório só pôde ser inaugurado no dia 02 de outubro do ano seguinte, pois ficamos quase 8 meses esperando a liberação do container com as publicações enviadas pela Lifewords na Inglaterra, para serem distribuídas no país, que haviam sido retidas no porto de Santos. Desde o início, uma batalha contra as trevas.
Nossa equipe venceu esse primeiro desafio, e muitos outros que tem surgido ao longo desses anos, tentando impedir que a mensagem de salvação e esperança chegue a tantos que necessitam. São milhares os que tiveram seu encontro pessoal com Jesus através de uma publicação da Lifewords, ou através de um aconselhamento com a Bolsa Verde, por exemplo.
Muitas mãos estão ajudando a escrever essas histórias, os diretores da Lifewords, funcionários, membros do conselho, evangelistas e muitos voluntários, sem os quais não teria sido possível chegar até aqui. Muito obrigada!
A Deus, a razão da existência da Lifewords, seja toda a honra, glória e louvor!
Cleisse Andrade
Diretora Executiva da Lifewords Brasil
por Marcia Pinheiro | out 27, 2021 | Não categorizado, Notícias
Em 2004, durante o meu período de férias no Brasil, fui capacitada pelo Projeto Calçada, e ao regressar a Cabo Verde, onde trabalhava como missionária de Missões Mundiais, comecei imediatamente a aconselhar muitas crianças com a Bolsa Verde.
Entre essas crianças estava uma linda menina chamada Oliver, que reconheceu Jesus como seu Senhor e Salvador, recebeu de Deus a cura das suas emoções, continuou servindo a Deus e hoje, em 2021, é uma missionária ganhando crianças para Cristo em Cabo Verde.
A minha emoção foi grande este ano ao ter o privilégio de capacitar a Oliver, para ingressar na família do Projeto Calçada, e assim começar a usar a Bolsa Verde para ajudar muitas crianças. A mesma ferramenta usada por Deus para transformar a sua vida, agora de forma tão modernizada e contextualizada, dentro de um aplicativo.
Ao terminar a capacitação, ficamos pensando em como enviar a Bolsa Verde para a Oliver em Cabo Verde. “Muito caro, muito difícil, impossível…” Eram as respostas que recebíamos.
Até que a Oliver me escreveu dizendo que uma missionária sua amiga estava no Brasil de férias, e podia levar a Bolsa Verde para Cabo Verde.
O milagre de Deus foi completo!
Perguntei: “Onde a tua amiga mora?”
– No Rio de Janeiro, me disse.
“Oba, posso enviar a bolsa! Onde no Rio?”, perguntei e fiquei impactada quando me disse:
-No Lins.
“Manda o endereço”, eu disse rapidamente e descobri que morava a menos de 5 minutos da minha casa.
Deus quando começa uma obra vai até o final e de maneira perfeita. Hoje, a nossa querida Bolsa Verde já está com a Oliver em Cabo Verde, sendo usada por ela para ter encontros de transformações com muitas crianças e adolescentes que fazem parte do Projeto Escola de Vida e do Projeto PEPE.
A semente continua sendo lançada porque quem dá o crescimento é justamente quem criou a Bolsa Verde: o nosso Deus!
Carmen Ligia
Multiplicadora voluntária do Projeto Calçada
Ajude a Bolsa Verde a chegar a mais lugares com a sua doação. DOE AGORA!
por Marcia Pinheiro | out 18, 2021 | Artigos
Você sabia que a alimentação pode melhorar ou atrapalhar diretamente a saúde mental?
(mais…)
por Marcia Pinheiro | out 15, 2021 | Artigos
O brincar como estratégia divina para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais
Por que será que toda criança ama brincar? Seja sozinha ou acompanhada, com brinquedos ou no imaginário, toda criança aprecia os momentos que passa brincando. Essa atividade muito prazerosa também representa uma das principais formas de expressão na infância, revelando as emoções e o produto da imaginação.
(mais…)
por Marcia Pinheiro | set 25, 2021 | Histórias de Transformação
O Ian sentou em uma cadeira em frente a um rapaz que ele nunca tinha visto antes, mas em pouco tempo, Ian começou a se sentir à vontade e puxou a cadeira para se aproximar do educador, que estava em sua primeira experiência com o aplicativo da Bolsa Verde.
Ao ver imagens de crianças ao redor do mundo, que passaram por muitos momentos difíceis, Ian ficou mais interessado em ouvir e disse que um dos meninos da foto parecia como seu irmão.
Com mais liberdade, Ian começou a contar sobre a tristeza que sentia na casa onde mora com sua avó, pois certo dia ela desmaiou perto dele. Ele machucou a cabeça, mas sua avó teve o braço e a perna muito machucados e agora está cega. Ian compartilhou que se sente muito triste e profundamente preocupado com a saúde da avó, para o ponto de querer chorar apenas enquanto fala sobre isso (ele chorou, na verdade).
Ian se descreveu como uma grande lágrima.
Porém, ao ouvir as histórias ilustradas da Bíblia, histórias que se relacionavam bem do jeito que ele estava se sentindo, Ian começou a se soltar mais e disse que estava se sentindo protegido e feliz, porque Jesus estava lá com ele. Ian até decidiu orar por todas as crianças ao redor do mundo.
Ian escolheu um cartão de bolso e disse
“minha família deve seguir a luz de Jesus e a luz de Jesus supera as trevas da cegueira de minha avó ”.
Ao final Ian se descreveu como um rosto feliz! Feliz e cuidado por Jesus. O novo educador, muito emocionado, não conseguia acreditar que um aplicativo tão simples e histórias bem conhecidas poderiam fazer tal impacto na vida de uma criança e mudando a forma como ela se via. Na verdade, o educador disse que ele mesmo foi muito impactado.
O Projeto Calçada quer impactar crianças, adolescentes e adultos. Faça parte dessa missão!
por Marcia Pinheiro | set 8, 2021 | Artigos
Construindo Resiliências? Isso mesmo!
Estudos e evidências científicas em temas nas áreas da saúde e ciências sociais destacam cada vez mais a relevância dessa capacidade humana de resistir, superar; ir além de, e apesar de. Para tanto, é evidenciada a partir de suas características: dinâmica, renovável e adaptativa, em uma interativa construção biopsicossocial humana.
E o que promove mecanismos humanos à resiliência?
Vários aspectos (intrapessoal, interpessoal, familiares, sociais, culturais, espiritual, artístico) estão implicados. Esse conjunto de fatores podem contribuir com os processos de construção de resiliência. Assim, é importante ter em consideração, que: a resiliência não é um fim em si mesma, ela é potencialidades dinâmica e adaptativa.
Dinâmica também dentro da análise de constituintes individuais, e, nas etapas do ciclo vital de cada pessoa (criança, adolescente, adulto, idoso). Ressalto que: é necessário ao abordarmos referências à criança e ao adolescente, atentar à sua singularidade enquanto pessoa em desenvolvimento, e sujeito de direitos legalmente compreendido e protegido a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Portanto, particularidades normais, identificadas à cada pessoa e às fases do seu ciclo vital, necessitam de atenção e suporte correspondentes. Isso também compõe o pensar e agir orientado em promover resiliência. De forma que, pessoas com debilidades humanas, mas também com seus recursos internos e, interligadas com outras pessoas do seu entorno (familiares, amigos, educadores, …), em conexões colaborativas, seguem construindo a vida e concretizando sonhos. A resiliência destrói o determinismo do mal, a visão linear causa-efeito.
Diante do panorama atual na saúde mental, e sobretudo às vivências existenciais, impactos também relacionados a Pandemia Covid-19, avalio promissora essa reflexão. Contudo, considerando essa capacidade humana essencialmente realista e esperançadora – resiliência; aqui proponho apenas uma pontual e breve reflexão, especificamente focada na rede humana de laços afetivos e os processos de resiliência. Aceitação, afeto, apego, empatia, respeito, confiança, autoestima, ética, sentido da vida, competências sociais e profissionais, o humor, as artes em suas diversas expressões; todos esses e outros mais, são elementos constituintes nos processos vinculares de resiliência.
Enfim, sumariamente refletir alguns pontos de destaques, baseados em um olhar conectado em histórias de atletas nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020.
A Pandemia Covid-19 impediu que as Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020 fossem realizadas no ano de 2020. No entanto, respectivamente nos períodos de 23 de julho à 08 de agosto e 24 de agosto à 05 de setembro de 2021, ainda em meio a pandemia; e com todas as dificuldades, limitações e protocolos impostos, pudemos assistir extraordinárias referências de inclusão humana e social; celebrações; conquistas de atletas ali representando diversos povos, etnias e países. Cenário de busca de diversidades nas desigualdades.
Vimos e ouvimos partes de muitas histórias interação, compromisso, dedicação, empatia, persistência, resistência – resiliência. Histórias de atletas que puderam participar dessa extraordinária edição dos jogos olímpicos e paraolímpicos. Espetacular! Ali, estiveram atletas brasileiros e vários daqueles, foram ao pódio, e então, retornaram de suas competições coroados com suas respectivas medalhas. Bravo Brasil! Oportuno destacar, o individual e coletivo contentamento; expresso não somente pelas medalhas, mas também pelo participar – participar do jogo, da competição, do brincar com propósito. Relevante o valor do protagonismo e a participação consciente do atleta (criança, adolescente, adulto). Portanto, caminhada numa trilha, estrada alicerçada e construída em laços de inclusão, colaborativos e instrutivos à concretização de sonhos! O Olhar mobilizador e focado no total da potencialidade humana. Olhar que nos transpõe, e colaborativamente nos faz ir além da limitação de uma especificidade – Resiliência.
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. I Coríntios 9.24
Baseados nesses imprescindíveis destaques e nas evidências de estudos, sobre a importância dos laços afetivos humanos na construção da resiliência, abaixo cito alguns destaques de reportagens; falas de alguns/as atletas, em especial, da delegação olímpica do Brasil. Leiamos atentamente:
“… queria que minha avó estivesse aqui, viva, para ver que eu consegui …”
“… minha mãe sempre me ajudou no meu sonho. Ela acreditava, acreditou em mim …”
“… obrigada pai, apoio e muitos treinos juntos. A medalha é sua também! …”
“… obrigado pai, você me ajudou chegar aqui! …”
“… essa medalha, é de muitos: pai, mãe, família, educadores, treinadores, …”
“… no isopor da tampa da caixa de gelo dos pescados do pai: vi prancha, já tinha a prancha …”
“… nos pedaços de ‘madeira que não servia’ jogada; vi a madeira do barco, feito o barco …”
“… depois da minha família; agora é ela que sempre me incentiva, é esposa e treinadora …”
“… sempre me incentivando, vai conseguir, estamos juntos, vamos…”
“…e em que posso ajudar? Continue, vamos, é seu sonho…”
“…passou por cirurgia, se recuperando, vai voltar a treinar, vai chegar lá…”
“…essa limitação física é só um aspecto. …você tem sonho, vamos juntos com o todo que você tem…”
Essas e muitas outras falas, expressam histórias reais de dificuldades, limitações, vulnerabilidades, tempos de sofrimentos; mas, e sobretudo, também histórias de superação, momentos de reconhecimento e gratidão às pessoas que contribuíram com os processos de conquista àquelas medalhas. Exuberante! Esperançador!
Então, quais e como as pessoas podem ajudar outras a construírem-se?
Estudiosos da Resiliência aplicada ao campo de pesquisas sociais e da saúde reconhecem a existência de realidades desafiadoras à vida, e de sofrimentos humanos. Contudo, não simplesmente à uma análise linear, reducionista, determinista, mas um olhar crítico de realismo positivo, numa busca de sentido e construção da vida. Descobertas e redescobertas de uma esperança realista -resiliência.
Interessantes estudos mostram que: “se deixarmos sozinhos uma criança, ou um adolescente ferido, em sofrimento, existem fortes probabilidades de direcionamento para repetição de resolução anti-resiliente”. No entanto, podemos ter a oportunidade de nos conectarmos, de nos vinculamos, e possibilitar uma virada resiliente – que extraordinário! E ainda: “a criança emocionalmente ferida, que naturalmente, espontaneamente, apresenta aparente melhora, pode na verdade, ter vivenciado encontro construtivo, ou seja, conexões com pessoas afetivamente significantes, podem efetivamente ter conduzido e acionado recursos internos promotores de resiliência àquela criança.
E uma vez resiliência, resiliente para sempre? A resiliência é fixa?
Na condição humana não há garantia de efeitos lineares causais, nem tão pouco definitivos. Como referido em outros parágrafos, no conceito da resiliência há um dinamismo, uma correspondência multifatorial, em contexto particular e ciclo vital de cada pessoa. A exemplo das defesas imunológicas vacinais, em algumas imunizações ocorre temporalidade vacinal na efetividade, limite de validade da ação protetora, o que implica em necessidade de renovação à aquisição da proteção específica. Semelhança aplicável ao mecanismo e capacidade resiliente pessoal, familiar, comunitária.
Diante desse breve olhar reflexivo prático-conceitual e, associando às ações protetivas e de cuidado à infância e adolescência, encontramos inúmeros incentivos às estratégias de promoção à resiliência infanto-juvenil. Para tanto, pais, familiares, educadores, agentes sociais, profissionais da saúde e educação, todos somos convidados e convocados a participar desse paradigma, numa perspectiva do realismo positivo da resiliência. Eis a convocação: promover o desenvolvimento de recursos favoráveis e fortalecedores em habilidades e competências resilientes junto às crianças e adolescentes que estiverem ao nosso alcance.
Acredite: desafio gratificante!
Texto escrito por: Joseana de Oliveira Menezes Galvão. – Médica com Pós-graduação em Sexualidade Humana, Terapia Familiar, Problemas Relacionados ao Uso Abusivo de Álcool e Outra Drogas Brasil.
Consultora do Programa Claves Brasil – Programa de Prevenção aos Maus tratos e Promoção de Bons Tratos em Família – www.clavesbrasil.org
Membro do Conselho da Associação Lifewords Brasil – Projeto Calçada – www.projetocalcada.org
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2021
Joseana de Oliveira Menezes Galvão
por Marcia Pinheiro | set 3, 2021 | Histórias de Transformação
Durante a pandemia, a depressão tomou conta de muitas crianças e adolescentes, causando em alguns deles, o desejo de tirar suas próprias vidas.
Foi com muita tristeza que a adolescente Karina, do Chile, chegou para falar com um educador do Projeto Calçada. Fazia um ano que a irmã mais nova de Karina havia morrido tragicamente.
Com muita gentileza, compreensão e palavras de conforto, o educador conversou com Karina, contando as histórias de Jesus. Falou do amor e do quanto Ele se preocupa com a tristeza dela.
Ao ouvir a história do conforto que Jesus deu à mulher que era viúva e perdeu o seu único filho (Lucas 7.11-17), Karina disse que estava se sentindo aliviada, abençoada e que Deus estava lhe dando força naquele momento. Em oração, a adolescente agradeceu a Deus por cuidar de sua família e ajudá-los em todos os momentos.
Antes de encerrar a conversa, ela disse ao educador que estava se sentindo como a lua. Brilhante! E que assim como a lua, ela pode brilhar por muito tempo, não importa o que aconteça.
Ajude a levar o brilho de Jesus para mais crianças e adolescentes por meio do Projeto Calçada. Doe agora!
por Marcia Pinheiro | set 1, 2021 | Histórias de Transformação
Você já pensou no que significa estar perdido em uma grande floresta, sentindo-se triste, sozinho e abandonado? Foi precisamente como um pato perdido em uma grande floresta que Anne se comparou.
Ela que tem apenas 13 anos, mas que abriu seu coração durante o aconselhamento com a Bolsa Verde do Projeto Calçada. Dizendo que não se sentia amada por sua mãe e que ninguém na família se importava com ela. E o que doeu ainda mais em Anne, foi que no seu aniversário não recebeu nem mesmo um telefonema de seu pai.
Com todo o tempo disponível para ouvir com atenção, nossa educadora disse a Anne que Jesus a amava muito e estava pronto para ouvir o que ela quisesse dizer a Ele, como aconteceu com aquelas crianças e adolescentes na história que se encontra no evangelho de Marcos 10: 13-16. Anne deu um grande sorriso com alegria ao ver que Jesus valoriza todas as crianças. .
Deus preparou muitas surpresas para Anne naquela tarde. Pois ao ouvir a parábola da ovelha perdida, entendeu que ela foi aquela ovelha cuidada por Jesus. Foi surpreendente ver como Anne chorou durante e no final da oração. Com um lindo sorriso ela disse: Agora me sinto encontrada e amada por Jesus!
Aquele pato que se perdeu na floresta, virou ovelha nos braços de Jesus! No final dessa conversa agradável, Anne saiu com um novo brilho nos olhos, com uma nova esperança, com uma nova alegria, com uma nova determinação, por ter descoberto que não está sozinha.
Assim como Anne, temos em Cabo Verde muitos adolescentes sofrendo nas ruas, ou mesmo dentro de seus lares, precisando saber que Jesus é a solução. Aprender que eles são importantes, especiais e que têm valor!
Louvamos a Deus porque o Projeto de Calçada está ativo em Cabo Verde, para curar muitos corações!
Ajude a curar mais corações você também.
por Marcia Pinheiro | ago 25, 2021 | Histórias de Transformação
Os avós desempenham um papel importante na vida dos netos, mas quando falecem, com os netos ainda pequenos e sem que tenham desfrutado mais da companhia dos avós, o impacto na vida da criança é forte.
Era tristeza que o Adolfo disse ter sentido ao lembrar-se da morte do seu avô. “Eu sou como um raio que atinge o solo com força”, disse ele, pensando em como poderia se descrever naquele momento.
Adolfo é um adolescente muito ativo na igreja e ama a Jesus, mas aquela tristeza machucou o seu coração. No aconselhamento com a Bolsa Verde, ele ouviu o quanto Jesus o ama, o quanto quer cuidar dele e tirar a tristeza de seu coração.
O adolescente disse que estava muito grato por tudo isso que Jesus estava fazendo por ele. Ele escolheu o cartão que tem um menino caminhando em direção à luz, e ele disse:
“Esta é a luz de Deus que nos guia e nos ajuda a viver bem, porque nos ilumina e nos mostra o seu amor. E eu quero compartilhar esse amor e essa luz com todos! Eu sou como um pregador que trará a luz de Jesus para os outros ”
e foi assim que ele explicou como estava se vendo depois de ouvir mais sobre Jesus.
Faça parte do Projeto Calçada para que mais crianças e adolescentes sejam cheios de alegria, assim como o Adolfo lá no Equador.
por Marcia Pinheiro | abr 15, 2021 | Artigos
O Dia do Desarmamento Infantil, foi uma iniciativa criada em 2004 e tem como principal objetivo debater as consequências que os incentivos ao uso de armas de fogo por crianças podem provocar na vida destes quando adultos.
Comemorado no Brasil em 15 de abril, busca difundir uma cultura de paz a partir de ações voltadas ao desarmamento do lúdico infantil. Em um país marcado por altos índices de violência armada esse dia representa uma importante oportunidade para o diálogo e reflexão.
Mapa da Violência
Segundo dados do Mapa da Violência sobre homicídios por arma de fogo, entre 1980 e 2014, morreram 967.851 pessoas por esta causa no Brasil, representando 85,8% do total de homicídios (WAISELFIZ, 2016). O crescimento da mortalidade por arma de fogo oscilou ao longo desse período: entre 1980 e 2003, cresceu de forma acelerada numa média de 8,1% ao ano. A partir de 2003, houve uma redução nas taxas, o que pode ser explicado, segundo o Mapa, pelo Estatuto e Campanha do Desarmamento iniciados em 2004. A partir de 2008, o índice novamente oscila e torna a crescer a partir de 2012.
O crescimento da letalidade violenta por esta causa, entre 1980 e 2014, foi de 592,8% para a população em geral e, quando considerada a faixa etária de 15 a 29 anos, 699,5%. A taxa para o Brasil é de 20,7 por 100 mil habitantes, ocupando a 10ª posição entre os 100 países analisados pelo Mapa.
Armas de fogo no Brasil
Dessa forma, o Brasil convive com uma realidade de altas taxas de mortes violentas em especial as perpetradas por armas de fogo. Entre as vítimas da violência no país os jovens com faixa etária entre 15 a 29 anos são as principais vítimas correspondendo a 53,3% do total de homicídios do país. Entre os anos de 1991 e 2019, 179 mil e 164 mil crianças e adolescentes foram alvejados por munição de armas de fogo (Atlas da Violência, 2020). Entre esses jovens, os negros somaram 75,7% das vítimas de homicídios de forma que para cada indivíduo não-negro morto em 2018, 2,7 negros foram mortos (Atlas da violência, 2020, IPEA).
É conhecido que a velocidade de crescimento percentual anual das taxas de homicídio e das taxas de homicídio por arma de fogo diminuiu substancialmente após o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e diminuiu mais ainda após a sanção do Estatuto do Desarmamento (ED) segundo o Atlas da Violência. Infelizmente, vivemos um tempo onde tanto o ECA quanto o Estatuto do Desarmamento têm sofrido fortes ataques.
Até julho de 2020, 11 decretos presidenciais, uma lei e 15 portarias do Exército buscaram ampliar o acesso à munições e armas de fogo pela população civil minado os pequenos avanços em direção da construção de uma cultura de paz e contra a violência no Brasil (Atlas da Violência, 2020). Entre 2019 e 2020 houve um crescimento de 120,3% de registros de arma de fogo no país o que aponta para uma perigosa e forte tendência de armamento da população brasileira. O discurso por trás dessa campanha armamentícia baseia-se na necessidade de autodefesa.
Entretanto, estudos têm demonstrado que o criminoso profissional não deixa de cometer crimes em razão de a população se armar para a autodefesa (Menos armas, menos crimes, Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, João Manoel Pinho de Mello, IPEA, 2012) e que a difusão das armas de fogo é um elemento potencializador de crimes letais contra a pessoa. (Atlas da Violência, 2020). A ampliação da circulação de armas no país aumenta os homicídios, a migração de armas para o mercado ilegal e a chance de vitimização fatal em caso de ataque.
Ter uma arma em casa amplia consideravelmente o risco de algum morador sofrer suicídio e morte por acidente. Nos casos de acidentes por arma de fogo as crianças estão entre as mais vulnerabilizadas. Com isso, o Dia do Desarmamento Infantil comemorada em todo país no dia 15 de abril, precisa ser também uma oportunidade da igreja evangélica brasileira refletir sobre seu papel na construção de uma cultura de paz que promova proteção à infância brasileira.
Em Mateus 18:1-14 Jesus advertiu duramente seus discípulos sobre a importância do cuidado com as crianças frente aos riscos que os cercam. No versículo 7 Ele disse: Ai do mundo por causa dos seus escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo; se opondo claramente aos que usam de violência contra a criança.
Dessa forma, não é aceitável que os discípulos de Jesus sejam condescendentes com os discursos e práticas que ampliam os riscos da violência armada. Precisamos como igreja de Jesus, que é o príncipe da paz, difundir a bandeira do desarmamento infantil e rechaçar duramente as investidas que enfraquecem o sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes no nosso país.
Adriane Batista Pires Maia
Cirurgiã dentista, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Mestre em Saúde Pública e Doutorando e Ciências da Saúde no Departamento de Violência e Saúde da ENSP Fiocruz. Fundadora da ONG Casa Semente e membro do conselho da Lifewords.