Por Clenir Xavier
“Jesus parou e disse: “Chamem-no”. E chamaram o cego: “Ânimo! Levante-se! Ele o está chamando.” Lançando sua capa para o lado, de um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus. “Vá”, disse Jesus, “a sua fé o curou”. Imediatamente ele recuperou a visão e seguia a Jesus pelo caminho. Mc. 10: 49, 50 e 52
Outro dia eu visitava o projeto Casa Semente, em Jardim Gramacho, RJ, um dos parceiros da Lifewords, quando a coordenadora e educadora Adriane Maia me apresentou as crianças que haviam sido aconselhadas com a Bolsa Verde do Projeto Calçada. Todas posaram alegremente para uma foto. Uma menina em especial chamou minha atenção, quando quis uma foto só dela, com a tia e a bolsa, porque era a que tinha tido mais encontros do que qualquer outra, e se sentia a “campeã”. O fato de ela ter tido mais de um aconselhamento foi porque precisava e tinha maior dificuldade, no entanto, para essa garotinha as conversas lúdicas e particulares que teve com a tia, a fizeram se sentir muito especial e realmente mudou sua vida.
Vemos na Bíblia que Deus sempre aparecia àqueles que intencionava ensinar, pessoalmente, ou através de Jesus ou anjos. E depois desse encontro, a vida daquela pessoa era transformada. Foi assim com a jovem Maria, o jovem Samuel, Abraão, Jacó, Daniel, Moisés, o cego Bartimeu, a mulher samaritana…, comigo e com você.
Em várias passagens Jesus ensina que vale a pena parar e dar atenção individualizada à pessoa que sofre. O contato pessoal, especialmente com a criança, faz com que ela se sinta aceita, respeitada na sua singularidade, e importante para aquele que a ouve. O cuidado particular estimula e constrói um contexto favorável para o desenvolvimento da criança.
No entanto, os projetos e organizações que trabalham com as crianças enfrentam o grande dilema da falta de tempo e de pessoal, e de terem que apresentar relatórios robustos, que representem o esforço grandioso de suas ações. Já as atividades grupais produzem mais simpatia e apreciação.
O atendimento individualizado realmente não gera grandes números, porém gera grandes e incomparáveis mudanças. As crianças deixam as dores do passado, assim como o Bartimeu que largou a sua capa; elas dão um salto na vida e se põem de pé na direção de Jesus. Não é isso o que queremos para as nossas crianças?
Para pensar:
Se você fizesse a grande descoberta de como tocar profundamente o coração de uma criança, o que faria com esse achado?
As experiências mais marcantes de sua vida com Deus foram quando Ele falou com você em grupo ou pessoalmente?
O que o seu projeto ou organização precisa fazer para implementar a atenção individualizada às crianças?
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