onde deus mora?

onde deus mora?

Provavelmente seu filho e/ou filha já fez esta pergunta a você. Qual foi sua resposta? Em Deuteronômio 6
recebemos uma orientação de um tipo de relacionamento com Deus que estabelece uma rotina da
presença diária dele em nosso lar. Como podemos fazer de nossa casa um lar onde Deus se alegra em
estar?

  1. AMOR INCONDICIONAL
    “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua
    força.” (Deuteronômio 6.5)

    Nosso relacionamento de amor com Deus é a chave de um lar feliz. Pais/responsáveis* que amam
    a Deus aprendem o valor da obediência e do perdão, do cuidado e do respeito. Pais/responsáveis*
    que veem Deus como Pai são curados em suas feridas de infância e se tornam agentes de cura
    para a próxima geração.

  2. COMPARTILHAR REVELAÇÃO
    “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos…”
    (Deuteronômio 6.6 e 7a)

    Nosso alvo não é só levar a criança a saber histórias sobre Deus, mas a ter uma experiencia
    pessoal com ele. A palavra de Deus é viva quando muda nossa atitude. Precisamos compartilhar
    com nossos filhos e filhas nossas lutas, desafios e vitórias espirituais e conduzi-los a
    experimentarem a revelação de Deus para suas vidas.

  3. ANDAR JUNTO
    “…e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-
    te.” (Deuteronômio 6.7)

    Este texto nos fala de constância, de um estilo de vida. Valorize cada momento com seus filhos e
    filhas. Seja intencional nas conversas, nos momentos de refeição juntos, na hora do lazer, ao
    assistir a um filme juntos, ao colocar o filho e/ou filha para dormir e abençoá-lo, ao levá-lo para a
    escola. Todo tempo pode ser transformado em tempo de qualidade se você se aplicar em
    estabelecer a cultura do céu em seu lar.

  4. LEMBRAR EM ORAÇÃO
    “Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás
    nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Deuteronômio 6.8)

    A Palavra de Deus é poderosa e precisa estar sempre diante de nós. Orar a Palavra sobre a vida
    de nossos filhos e filhas é a melhor maneira de orar dentro da vontade de Deus. Separe cada dia
    um texto bíblico e faça declarações de fé sobre a sua família. Escreva versículos e cole-o em
    lugares visíveis desafiando a família a memorizá-los. Deus tem um compromisso com a sua
    Palavra. As promessas e direções são para serem praticadas e a sua oração irá regar e fazer
    florescer estas sementes da Palavra de Deus. Não abra mão dos princípios dados por Deus e
    permita que ele tenha prazer em habitar na sua casa.

    *como responsáveis entenda-se avós, tios e demais cuidadores das crianças e dos adolescentes


    Ariadne Terrinha Motta
    Psicopedagoga, arteterapeuta
    Pastora de crianças na igreja da Família em Belo Horizonte
    @othilielariadne Motta
“MANHÊ! NÃO ACHEI!”

“MANHÊ! NÃO ACHEI!”

Quantas vezes ouvimos nossos filhos ou filhas gritando assim quando perdem algo dentro de casa. E a resposta é sempre a mesma: se eu for aí e encontrar você vai ver comigo! Mas as vezes nós pais ou responsáveis* perdemos coisas de valor dentro de casa como nossa aliança, um documento ou até mesmo nossa carteira e reviramos tudo até encontrar. Existem coisas preciosas que não podem ser compradas com dinheiro e que vamos perdendo no decorrer da nossa jornada, são os valores cristãos estabelecidos por Deus para fortalecer a fé da nossa família.

A parábola da dracma perdida nos ensina alguns princípios práticos para reencontrar valores preciosos que podemos ter deixado de praticar dentro de nossos lares: Ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la?  9  E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda perdida’. Lucas 15.8 e 9

  1. CADA VALOR DE DEUS PERDIDO É INSUBSTITUÍVEL E PRECISA SER IDENTIFICADO
    A Bíblia é a Palavra de Deus e tudo que ele ensina é suficiente e prático para vivermos com alegria
    nosso propósito nesta terra. Você pode listar valores cristãos (como respeito, gratidão, compaixão,
    paciência, etc) que já experimentaram em família e em algum momento deixaram de praticar?
  2. A LUZ PRECISA SER ACESA
    Luz nos fala sobre trazer clareza, revelar, clarear. Quem pode nos ajudar a revelar os valores que
    foram perdidos é o nosso amigo Espírito Santo de Deus. Se nos aquietarmos com a Bíblia e o
    coração abertos diante dele, ele nos mostrará promessas e atitudes que esquecemos de praticar
    em algum momento
  3. É NECESSÁRIO FAZER UMA LIMPEZA
    Aquela mulher ao acender a candeia percebe que havia sujeira que poderia estar encobrindo sua
    dracma. Pega a vassoura e começa a limpar. Limpar me remete a arrepender de atitudes erradas,
    quebrantar o coração, reorganizar minhas prioridades, retirar da casa costumes e atitudes que não
    devem fazer parte da vida em família.
  4. É PRECISO PROCURAR COM ATENÇÃO
    Precisamos perseverar para viver os valores cristãos no nosso dia a dia e a melhor maneira é pelo
    exemplo. Se os pais/responsáveis estabelecem um estilo de comportamento que demonstrem os
    valores cristãos, os filhos e filhas observarão e imitarão os pais/responsáveis. A maneira como os
    pais/responsáveis se comunicam, como praticam atos de bondade, como se comportam quando
    cometem erros, como estabelecem uma rotina de relacionamento com Deus falam mais alto do que
    suas palavras e conselhos. Cada momento é uma oportunidade de transmitir um valor cristão
  5. CELEBRE AS PEQUENAS VITÓRIAS
    Celebre cada vez que observar seu filho ou sua filha praticar um valor porque está considerando a
    preciosidade dos outros. Elogiar os filhos e as filhas quando eles ajudam alguém, ou pedem
    desculpas ou até mesmo se comportam bem diante de uma situação reforçará a prática daquele
    valor. O encorajamento ajudará seu filho e/ou filha a continuar se esforçando para praticar os
    valores corretos.

    *como responsáveis entenda-se avós, tios e demais cuidadores das crianças e dos adolescentes

    Ariadne Terrinha Motta
    Psicopedagoga, arteterapeuta
    Pastora de crianças na igreja da Família em Belo Horizonte
    @othilielariadne Motta
crianças para jesus

crianças para jesus

Algumas pessoas levaram crianças até Jesus para que ele as abençoasse e orasse por elas, mas os seus
discípulos as repreenderam. Jesus, então, disse:— Deixem que as crianças venham até mim. Não as
proíbam, pois o reino de Deus pertence às pessoas que são como estas crianças.   E, depois de abençoá-
las, foi embora.
Marcos 10:13-15


Como educadores, pais, responsáveis pelas crianças, nós as levamos em vários lugares: a escola, ao
parque, ao médico, a pracinha, à igreja, mas será que estamos nos preocupando em levá-las ao lugar
mais importante? A presença de Jesus!

Esta passagem dos evangelhos que narra este encontro especial nos revela alguns princípios importantes
neste maravilhoso ministério de conduzir crianças até a presença mais importante do universo.

  • VÁ ATÉ O LUGAR DA PRESENÇA
    Aquelas pessoas sabiam onde encontrar Jesus. Provavelmente já haviam se encontrado com ele e
    entenderam que as crianças também precisavam serem tocadas pelo seu amor. Estamos levando nossas
    crianças ao encontro pessoal com Jesus ou somente até uma igreja? Jesus é o caminho que nos leva ao
    Pai. Precisamos ter um relacionamento pessoal com ele. Só podemos conduzir alguém a um lugar se já
    estivemos nele antes. Faça dos seus encontros com Jesus um tempo de descanso, renovo e revelação.
  • SEPARE UM TEMPO ESPECIAL PARA AS CRIANÇAS
    Nem todos possuem este encargo de investir tempo para as crianças. Se este tema interessou você até
    aqui é porque você tem o coração apropriado para amar as crianças e deseja que elas tenham um
    encontro com o salvador. Temos tempo para o que é prioridade para nós. Aquelas pessoas tinham seus
    afazeres, mas compreenderam que nada era mais importante do que a incrível tarefa de conduzir crianças
    a Jesus. Tempo gasto com crianças é tempo investido no reino e terá rendimento certo para a eternidade.
  • SEJA INTENCIONAL
    As crianças precisam de Jesus. Não só para o seu futuro, mas para todos os dias de suas vidas
    começando AGORA!. Ensine as escrituras, ore por elas e com elas. Sirva as crianças com sua vida e fale
    com amor sobre o verdadeiro amor de Deus. Seja paciente. Ensine-as a falar e ouvir Jesus falar com elas.
    Jesus deseja as crianças perto dele e este deve ser o seu desejo também.
  • ENFRENTE OS DESAFIOS
    Os discípulos estavam bravos porque a mentalidade deles era de que as crianças estavam atrapalhando a
    “agenda de Jesus” ou roubando do seu tempo tão precioso. Mas logo Jesus se posiciona indignado
    porque ele não quer que nada esteja atrapalhando o caminho para as crianças chegarem até ele. Jesus
    deu um comando para seus discípulos e nos dá este comando hoje também: DEIXEM… NÃO IMPEÇAM…
    ou seja: comece a permitir que as crianças cheguem perto da presença, tenham experiencias
    sobrenaturais, pare de impedir que isto aconteça.
  • PERSEVERE ATÉ QUE ELAS SEJAM ABENÇOADA
    Isto me fala sobre discipulado, levar as crianças até Jesus e levar Jesus ao coração de cada uma delas.Você consegue imaginar como a vida daquelas crianças que foram abençoadas por Jesus deve ter sido completamente transformada? Conduzir as crianças a Jesus vai levá-las a experimentarem o amor mais profundo que dá verdadeiro sentido e propósito às suas vidas.

Ariadne Terrinha Motta
Psicopedagoga, arteterapeuta
Pastora de crianças na igreja da Família em Belo Horizonte
@othilielariadne Motta

“Parece que Deus está me chamando para estar perto dele”

“Parece que Deus está me chamando para estar perto dele”

A violência doméstica é um dos problemas mais graves para as crianças nos países latino-americanos. Na Bolívia, crianças também são maltratadas por seus familiares, pais, avós, irmãos, tios. É comprovado que situações traumáticas causadas por pessoas amadas por crianças afetam seriamente a sua identidade.

Na família de Adán, os maus-tratos físicos eram constantes. Ele tem 13 anos e contou à educadora do Projeto Calçada que o aconselhou com a Bolsa Verde, que ver sua avó bater em seus irmãos lhe causou muita raiva, indignação e aborrecimento. Se pudesse, ele “fugiria para um lugar distante, como um avião, para não ver o que
estava acontecendo.”

Às vezes, os adolescentes se tornam violentos e/ou agressivos e não podemos imaginar o que está por trás desse comportamento, que eles expressam apenas para tentar aliviar a dor que carregam dentro de si.

No aconselhamento com a Bolsa Verde, mostramos à criança ou adolescente quatro cartões com imagens e textos bíblicos para ajudá-la/o a aplicar a mensagem que Deus está falando aos seu coração. Adán escolheu o cartão que chamamos de “Mãos Protetoras”, e disse: “Parece que Deus está me chamando para estar perto dele”. A educadora concordou com Adán e confirmou que Deus o está chamando mesmo, para lhe dar alívio e paz.

No final do aconselhamento, o educador perguntou ao adolescente se ele poderia escolher uma imagem para descrever como ele se via ao ouvir sobre o amor de Jesus. Adán respondeu:

“Agora sou forte como um leão!”

Dias depois do aconselhamento, a mãe do Adán disse que notou mudanças na atitude dele, percebendo que ele está muito mais feliz, sorridente, e mais sociável com seus amigos.

A igreja está aconselhando a mãe e a avó de Adán para ajudá-las a lidar melhor com os filhos, e já está organizando um encontro com os membros da família para conversarem sobre a educação não violenta.

*O nome da criança é fictício, para proteger sua identidade (artigo 17 da Lei n. 8.069/90)

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Lifewords: 25 anos de uma história inspiradora

Lifewords: 25 anos de uma história inspiradora

O dia 04 de novembro de 1996 foi um dia histórico para a Lifewords Internacional. Depois de quase um século no trabalho ativo com parceiros no Brasil, através do envio de publicações para o crescimento espiritual, finalmente a Lifewords teria uma representação nacional.

Constituída, primeiramente, como Missão SGM no Brasil (Scripture Gift Mission), a Lifewords passou a ser gerenciada diretamente no país, facilitando o acesso a publicações de qualidade e fiel conteúdo bíblico, e dando início a programas de transformação, não somente para o Brasil, mas para vários países da América Latina.

E lá se vão 25 anos de uma inspiradora história, espalhando as boas novas do evangelho, para a promoção da justiça do Reino.

Embora o dia da constituição tenha sido 04 de novembro de 1996, o escritório só pôde ser inaugurado no dia 02 de outubro do ano seguinte, pois ficamos quase 8 meses esperando a liberação do container com as publicações enviadas pela Lifewords na Inglaterra, para serem distribuídas no país, que haviam sido retidas no porto de Santos. Desde o início, uma batalha contra as trevas.


Nossa equipe venceu esse primeiro desafio, e muitos outros que tem surgido ao longo desses anos, tentando impedir que a mensagem de salvação e esperança chegue a tantos que necessitam. São milhares os que tiveram seu encontro pessoal com Jesus através de uma publicação da Lifewords, ou através de um aconselhamento com a Bolsa Verde, por exemplo.

Muitas mãos estão ajudando a escrever essas histórias, os diretores da Lifewords, funcionários, membros do conselho, evangelistas e muitos voluntários, sem os quais não teria sido possível chegar até aqui. Muito obrigada!

A Deus, a razão da existência da Lifewords, seja toda a honra, glória e louvor!

Cleisse Andrade
Diretora Executiva da Lifewords Brasil

Chegamos em Cabo Verde

Chegamos em Cabo Verde

Em 2004, durante o meu período de férias no Brasil, fui capacitada pelo Projeto Calçada, e ao regressar a Cabo Verde, onde trabalhava como missionária de Missões Mundiais, comecei imediatamente a aconselhar muitas crianças com a Bolsa Verde.

Entre essas crianças estava uma linda menina chamada Oliver, que reconheceu Jesus como seu Senhor e Salvador, recebeu de Deus a cura das suas emoções, continuou servindo a Deus e hoje, em 2021, é uma missionária ganhando crianças para Cristo em Cabo Verde.

A minha emoção foi grande este ano ao ter o privilégio de capacitar a Oliver, para ingressar na família do Projeto Calçada, e assim começar a usar a Bolsa Verde para ajudar muitas crianças. A mesma ferramenta usada por Deus para transformar a sua vida, agora de forma tão modernizada e contextualizada, dentro de um aplicativo. 

Ao terminar a capacitação, ficamos pensando em como enviar a Bolsa Verde para a Oliver em Cabo Verde. “Muito caro, muito difícil, impossível…” Eram as respostas que recebíamos. 

Até que a Oliver me escreveu dizendo que uma missionária sua amiga estava no Brasil de férias, e podia levar a Bolsa Verde para Cabo Verde.  

O milagre de Deus foi completo!

Perguntei: “Onde a tua amiga mora?”

– No Rio de Janeiro, me disse.

 “Oba, posso enviar a bolsa! Onde no Rio?”, perguntei e fiquei impactada quando me disse:

-No Lins. 

“Manda o endereço”, eu disse rapidamente e descobri que morava a menos de 5 minutos da minha casa. 

Deus quando começa uma obra vai até o final e de maneira perfeita. Hoje, a nossa querida Bolsa Verde já está com a Oliver em Cabo Verde, sendo usada por ela para ter encontros de transformações com muitas crianças e adolescentes que fazem parte do Projeto Escola de Vida e do Projeto PEPE.  

A semente continua sendo lançada porque quem dá o crescimento é justamente quem criou a Bolsa Verde: o nosso Deus!

Carmen Ligia 

Multiplicadora voluntária do Projeto Calçada

Ajude a Bolsa Verde a chegar a mais lugares com a sua doação. DOE AGORA!

Deus está de brincadeira?

Deus está de brincadeira?

O brincar como estratégia divina para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais

Por que será que toda criança ama brincar? Seja sozinha ou acompanhada, com brinquedos ou no imaginário, toda criança aprecia os momentos que passa brincando. Essa atividade muito prazerosa também representa uma das principais formas de expressão na infância, revelando as emoções e o produto da imaginação.

(mais…)

“Minha família deve seguir a luz de Jesus”

“Minha família deve seguir a luz de Jesus”

O Ian sentou em uma cadeira em frente a um rapaz que ele nunca tinha visto antes, mas em pouco tempo, Ian começou a se sentir à vontade e puxou a cadeira para se aproximar do educador, que estava em sua primeira experiência com o aplicativo da Bolsa  Verde.

Ao ver imagens de crianças ao redor do mundo, que passaram por muitos momentos difíceis, Ian ficou mais interessado em ouvir e disse que um dos meninos da foto parecia como seu irmão.

Com mais liberdade, Ian começou a contar sobre a tristeza que sentia na casa onde mora com sua avó, pois certo dia ela desmaiou perto dele. Ele machucou a cabeça, mas sua avó teve o braço e a perna muito machucados e agora está cega. Ian compartilhou que se sente muito triste e profundamente preocupado com a saúde da avó, para o ponto de querer chorar apenas enquanto fala sobre isso (ele chorou, na verdade).

Ian se descreveu como uma grande lágrima.

Porém, ao ouvir as histórias ilustradas da Bíblia, histórias que se relacionavam bem do jeito que ele estava se sentindo, Ian começou a se soltar mais e disse que estava se sentindo protegido e feliz, porque Jesus estava lá com ele. Ian até decidiu orar por todas as crianças ao redor do mundo.

Ian escolheu um cartão de bolso e disse

minha família deve seguir a luz de Jesus e a luz de Jesus supera as trevas da cegueira de minha avó ”.

Ao final Ian se descreveu como um rosto feliz! Feliz e cuidado por Jesus. O novo educador, muito emocionado, não conseguia acreditar que um aplicativo tão simples e histórias bem conhecidas poderiam fazer tal impacto na vida de uma criança e mudando a forma como ela se via. Na verdade, o educador disse que ele mesmo foi muito impactado.

O Projeto Calçada  quer impactar crianças, adolescentes e adultos. Faça parte dessa missão!

CONSTRUINDO RESILIÊNCIAS – Um olhar nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020

CONSTRUINDO RESILIÊNCIAS – Um olhar nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020

Construindo Resiliências? Isso mesmo! 

Estudos e evidências científicas em temas nas áreas da saúde e ciências sociais destacam cada vez mais a relevância dessa capacidade humana de resistir, superar; ir além de, e apesar de. Para tanto, é evidenciada a partir de suas características: dinâmica, renovável e adaptativa, em uma interativa construção biopsicossocial humana.

E o que promove mecanismos humanos à resiliência?

Vários aspectos (intrapessoal, interpessoal, familiares, sociais, culturais, espiritual, artístico) estão implicados. Esse conjunto de fatores podem contribuir com os processos de construção de resiliência. Assim, é importante ter em consideração, que: a resiliência não é um fim em si mesma, ela é potencialidades dinâmica e adaptativa.

Dinâmica também dentro da análise de constituintes individuais, e, nas etapas do ciclo vital de cada pessoa (criança, adolescente, adulto, idoso). Ressalto que: é necessário ao abordarmos referências à criança e ao adolescente, atentar à sua singularidade enquanto pessoa em desenvolvimento, e sujeito de direitos legalmente compreendido e protegido a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Portanto, particularidades normais, identificadas à cada pessoa e às fases do seu ciclo vital, necessitam de atenção e suporte correspondentes. Isso também compõe o pensar e agir orientado em promover resiliência. De forma que, pessoas com debilidades humanas, mas também com seus recursos internos e, interligadas com outras pessoas do seu entorno (familiares, amigos, educadores, …), em conexões colaborativas, seguem construindo a vida e concretizando sonhos. A resiliência destrói o determinismo do mal, a visão linear causa-efeito.

Diante do panorama atual na saúde mental, e sobretudo às vivências existenciais, impactos também relacionados a Pandemia Covid-19, avalio promissora essa reflexão. Contudo, considerando essa capacidade humana essencialmente realista e esperançadora – resiliência; aqui proponho apenas uma pontual e breve reflexão, especificamente focada na rede humana de laços afetivos e os processos de resiliência. Aceitação, afeto, apego, empatia, respeito, confiança, autoestima, ética, sentido da vida, competências sociais e profissionais, o humor, as artes em suas diversas expressões; todos esses e outros mais, são elementos constituintes nos processos vinculares de resiliência.

Enfim, sumariamente refletir alguns pontos de destaques, baseados em um olhar conectado em histórias de atletas nas Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020. 

A Pandemia Covid-19 impediu que as Olimpíadas e Paraolimpíadas Tóquio 2020 fossem realizadas no ano de 2020. No entanto, respectivamente nos períodos de 23 de julho à 08 de agosto e 24 de agosto à 05 de setembro de 2021, ainda em meio a pandemia; e com todas as dificuldades, limitações e protocolos impostos, pudemos assistir extraordinárias referências de inclusão humana e social; celebrações; conquistas de atletas ali representando diversos povos, etnias e países. Cenário de busca de diversidades nas desigualdades.

Vimos e ouvimos partes de muitas histórias interação, compromisso, dedicação, empatia, persistência, resistência – resiliência. Histórias de atletas que puderam participar dessa extraordinária edição dos jogos olímpicos e paraolímpicos. Espetacular! Ali, estiveram atletas brasileiros e vários daqueles, foram ao pódio, e então, retornaram de suas competições coroados com suas respectivas medalhas. Bravo Brasil! Oportuno destacar, o individual e coletivo contentamento; expresso não somente pelas medalhas, mas também pelo participar – participar do jogo, da competição, do brincar com propósito. Relevante o valor do protagonismo e a participação consciente do atleta (criança, adolescente, adulto). Portanto, caminhada numa trilha, estrada alicerçada e construída em laços de inclusão, colaborativos e instrutivos à concretização de sonhos! O Olhar mobilizador e focado no total da potencialidade humana. Olhar que nos transpõe, e colaborativamente nos faz ir além da limitação de uma especificidade – Resiliência.

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. I Coríntios 9.24

Baseados nesses imprescindíveis destaques e nas evidências de estudos, sobre a importância dos laços afetivos humanos na construção da resiliência, abaixo cito alguns destaques de reportagens; falas de alguns/as atletas, em especial, da delegação olímpica do Brasil. Leiamos atentamente:

“… queria que minha avó estivesse aqui, viva, para ver que eu consegui …” 

“… minha mãe sempre me ajudou no meu sonho. Ela acreditava, acreditou em mim …”

“… obrigada pai, apoio e muitos treinos juntos. A medalha é sua também! …”

“… obrigado pai, você me ajudou chegar aqui! …”

“… essa medalha, é de muitos: pai, mãe, família, educadores, treinadores, …”

“… no isopor da tampa da caixa de gelo dos pescados do pai: vi prancha, já tinha a prancha …”

“… nos pedaços de ‘madeira que não servia’ jogada; vi a madeira do barco, feito o barco …”

“… depois da minha família; agora é ela que sempre me incentiva, é esposa e treinadora …”

“… sempre me incentivando, vai conseguir, estamos juntos, vamos…”

“…e em que posso ajudar? Continue, vamos, é seu sonho…”

“…passou por cirurgia, se recuperando, vai voltar a treinar, vai chegar lá…”

“…essa limitação física é só um aspecto. …você tem sonho, vamos juntos com o todo que você tem…”

Essas e muitas outras falas, expressam histórias reais de dificuldades, limitações, vulnerabilidades, tempos de sofrimentos; mas, e sobretudo, também histórias de superação, momentos de reconhecimento e gratidão às pessoas que contribuíram com os processos de conquista àquelas medalhas. Exuberante! Esperançador!

Então, quais e como as pessoas podem ajudar outras a construírem-se?

Estudiosos da Resiliência aplicada ao campo de pesquisas sociais e da saúde reconhecem a existência de realidades desafiadoras à vida, e de sofrimentos humanos. Contudo, não simplesmente à uma análise linear, reducionista, determinista, mas um olhar crítico de realismo positivo, numa busca de sentido e construção da vida. Descobertas e redescobertas de uma esperança realista -resiliência. 

Interessantes estudos mostram que: “se deixarmos sozinhos uma criança, ou um adolescente ferido, em sofrimento, existem fortes probabilidades de direcionamento para repetição de resolução anti-resiliente”. No entanto, podemos ter a oportunidade de nos conectarmos, de nos vinculamos, e possibilitar uma virada resiliente – que extraordinário! E ainda: “a criança emocionalmente ferida, que naturalmente, espontaneamente, apresenta aparente melhora, pode na verdade, ter vivenciado encontro construtivo, ou seja, conexões com pessoas afetivamente significantes, podem efetivamente ter conduzido e acionado recursos internos promotores de resiliência àquela criança.

E uma vez resiliência, resiliente para sempre? A resiliência é fixa?

Na condição humana não há garantia de efeitos lineares causais, nem tão pouco definitivos. Como referido em outros parágrafos, no conceito da resiliência há um dinamismo, uma correspondência multifatorial, em contexto particular e ciclo vital de cada pessoa. A exemplo das defesas imunológicas vacinais, em algumas imunizações ocorre temporalidade vacinal na efetividade, limite de validade da ação protetora, o que implica em necessidade de renovação à aquisição da proteção específica. Semelhança aplicável ao mecanismo e capacidade resiliente pessoal, familiar, comunitária.

Diante desse breve olhar reflexivo prático-conceitual e, associando às ações protetivas e de cuidado à infância e adolescência, encontramos inúmeros incentivos às estratégias de promoção à resiliência infanto-juvenil. Para tanto, pais, familiares, educadores, agentes sociais, profissionais da saúde e educação, todos somos convidados e convocados a participar desse paradigma, numa perspectiva do realismo positivo da resiliência. Eis a convocação: promover o desenvolvimento de recursos favoráveis e fortalecedores em habilidades e competências resilientes junto às crianças e adolescentes que estiverem ao nosso alcance. 

Acredite: desafio gratificante!

Texto escrito por: Joseana de Oliveira Menezes Galvão. – Médica com Pós-graduação em Sexualidade Humana, Terapia Familiar, Problemas Relacionados ao Uso Abusivo de Álcool e Outra Drogas Brasil. 

Consultora do Programa Claves Brasil – Programa de Prevenção aos Maus tratos e Promoção de Bons Tratos em Família – www.clavesbrasil.org

Membro do Conselho da Associação Lifewords Brasil – Projeto Calçada – www.projetocalcada.org

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2021

Joseana de Oliveira Menezes Galvão